quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

A-CALMA





Essa sua calma
Acalma e adormece
Meu pedacinho de ser,
Meu doce ninho
Ávido de prazer.

A calma acalma
Mas também inebria,
Causa agonia
Neste atordoado ser.

Agonia tardia
Que vem a tardinha
Causar
Um doce adormecer

sábado, 24 de janeiro de 2015

POESIA CIRCULANTE


Poetas circulam pela cidade
Distribuem suas poesias
Singelas cortesias

Circulam e fazem circular o ar
Que fica mais fresco
Circulando as poesias

Atentam para tudo que veem
A poesia está em tudo
Basta pôr os óculos
No coração

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

O CABACINHO




Calma leitor pudico, não é o que está pensando ou é mais ou menos.
Falar de poesia não é para qualquer um ou é para todo mundo.
Em público? Quando será sua primeira vez? Falar, ler ou escrever; qual delas é o seu cabaço?
Detestar também pode ser.
Sentir? Esse realmente é o principal cabaço. Sentir o que a poesia diz, isso sim é romper o cabaço e alcançar o verdadeiro orgasmo.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

A FALTA DE FÉ

Fui acusada de ser uma mulher de pouca fé.
Talvez seja verdade.
Tão menos é verdade o contrário.
Estar viva após dez anos de diagnóstico de transtorno bipolar não é coisa digna dos céticos.
A fé pode variar do foco.
Pode estar sujeita à influência do meio.
Pode estar sujeita ao humor do ser humano que varia independente de transtornos de humor.
Humor que varia muitas vezes em função de quem se tem ao lado.