quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

DE PONTA À CABEÇA


A angústia da dúvida,

o incômodo da incerteza

destroem toda a beleza

do que foi um dia

momentos de doçura e profunda sutileza.


O não explicado,

o não entendido,

o não explanado,

o não percebido,

dão vazão à falta de cuidado

com o ser amado.


Com o ser um dia dito como benquisto e desejado.

Que agora sai de cena,

passa a figurante,

e figura como algo de somenos importância.


É como se ele ocupasse a imaginária linha do horizonte.

Tênue, sutil, frágil.

Sem alicerces.

Superficial.


O que um dia parecia ser

Vira de ponta à cabeça

E bagunça a cabeça do meu ser

Que não sabe, não entende, não percebe

O que pode ou não vir a acontecer


Que por um lado acredita nas tormentas inevitáveis da vida.

Elas passam.

E depois de toda tempestade, vem a bonança.

Quero nisso crer.


Quero crer que não estou errada,

quero crer que não estou enganada,

quero crer que já aprendi que toda rosa tem espinhos.

Mas não posso jamais esquecer,

de que os espinhos

podem sempre fazer doer.


Quero a rosa, com os espinhos.

Mas cada um em seu lugar.

Aquela valorizada, cultivada, bem-cuidada.

Aqueles retirados com cuidado,

ou imersos no jarro,

no vaso

ou onde a rosa iremos querer realmente cultivar.

2 comentários:

Anônimo disse...

http://letras.terra.com.br/marisa-monte/79620/

..borboleta pequenina saia fora do rosal...
... eu sou uma borboleta pequenina e feiticeira ando no meio das flores procurando quem me queira....

Giovanna disse...

...borboleta pequenina que vem para nos saudar...
.... venha ver cantar o hino que hoje é noite de Natal.....