domingo, 18 de dezembro de 2011

CENSURA


Um leitor anônimo pediu-me para escrever um texto sobre CENSURA,

motivado pelo poder de moderação na publicação ou não dos comentários do blog.

Mesmo tendo este mesmo leitor postado comentários, os quais ele mesmo pediu sua não publicação,

ora por apontarem falhas na digitação e, consequentemente na ortografia,

ora por apontarem suas impressões pessoais sobre os textos do blog;

de qualquer forma, agradeço imensamente a contribuição.


Bem, hoje acordei inspirada e resolvi escrever sobre tema tão controverso.

Censura... logo pensamos no período da última ditadura militar,

das notícias e posicionamentos críticos que não podiam ser expostos sem sanções brutais e arbitrárias.

Mas nos fixamos apenas nisso.

Censura, assim como muitas outras palavras, pode ir muito mais além no seu significado.

Ela pode até ser positiva quando uma mãe ou pai, na intenção de educar seu filho, tolhe-lhe expressar comentários inconvenientes ou a ter atitudes agressivas que poderão prejudicar a ele mesmo.

Por outro lado, que bom seria se todos pudéssemos expressar nossas idéias, emoções e sentimentos sem o medo da conseqüência da censura do outro; sem o medo de estar ferindo e/ou magoando o outro.

Melhor, sem que o outro se sentisse magoado, ferido ou atacado por ouvir posicionamentos diferentes dos seus.

Que bom seria se houvesse compreensão mútua entre as pessoas, mesmo que não houvesse comunhão de pensamentos.


A censura ocorre também quando o outro discorda, não aceita a posição do seu interlocutor e reage com algum tipo de violência, ainda que velada.

Velada pois violência não é somente cair em sopapos.

Violência pode ser a indiferença, pode ser uma verbalização grosseira ou até atitudes politicamente incorretas.

O medo dessas reações violentas faz-nos nos autocensurar,

o que acaba sendo no fundo uma forma de se defender,

de se poupar para não sofrer as duras conseqüências dos vários tipos de censura alheia.


Os desdobramentos do que vem a ser censura são infinitos, mas se afunilam numa coisa só: é o limite até onde se pode ir, sem que o outro não nos cause sanções que irão nos ferir de alguma forma. Bom ou ruim, ceder à censura vai depender da situação, do bom senso e do que se quer alcançar cedendo ou não a ela.

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